Começo este post com a citação de uma música do Lulu:
"Me vê!
Que eu tô voltando pra casa
Outra vez..."
Que eu tô voltando pra casa
Outra vez..."
Volto para este blog que criei no começo do ano sem nenhuma intenção, apenas a de expor alguns escritos que chegam sem demora ou sem razão de ser.
Meus escritos afloraram realmente este ano em um evento promovido pelo Carlos Brunno, grande poeta e amigo e maravilhoso professor, acima de tudo da Vida! Este evento nomeia-se de "Sarau de Solidões Coletivas" que vem acontecendo na cidade de Valença, no interior do RJ. Todo segundo sábado do mês estão por aí de bar em bar e no próximo avisarei o local e horários, enfim todas as informações.
Hoje posto um escrito do Carlos Brunno. Maravilhoso, fala de minha banda favorita: CPM 22.
Obrigada Carlos "Essa daqui é pra você" (pedaço de uma música me referindo a este post)
Cada
vez mais o minuto final para mais um fim de mundo se aproxima e isso me faz
lembrar daquela canção da banda de rock paulista CPM 22, que já ouvi
incessantemente (alguns rockeiros torcem o nariz quando digo isso, mas foda-se,
os ouvidos são meus e o prazer que o som da melodia me traz só eles podem me
dizer) : "Um minuto para o fim do mundo, / Toda a sua vida em 60 segundos,
/ Uma volta no ponteiro do relógio pra viver". Lembrar essa música me fez
criar um poema com um eu lírico tão em crise quanto o da canção.
Dedico
essa nova versão para "Um minuto para o fim do mundo", do CPM 22, aos
amigos leitores que ouvem canções de todos os jeitos e sabem o quanto a
ausência de alguém nos faz sofrer e aos CPManíacos como minha poeta amiga
Clarice Raquel Starling Freire ou Raquel Johns ou seja lá quem ela quer ser
nessa véspera de fim de mundo - o importante que sejamos sempre múltiplos e
saibamos lidar com o tempo que corre contra nós!
Um minuto para outro fim do mundo
Um minuto para outro fim do mundo e o ponteiro dos segundos continua a se mover (não, o tempo não vai se comover comigo sem você...)...
Sessenta segundos para a falta de ar (se o ponteiro se mexe, nem um minuto tenho mais...)... Agitado no quarto estático eu não consigo paz para descansar...
Amar, abraçar, casar, ficar, ar, ar, ah! tantas palavras com ar e você escolheu logo o verbo deixar, me deixar...
Fecho os olhos, respiro fundo os últimos segundos do fim do mundo e o ponteiro completa sua volta e a vida respira na casa deserta e nada acaba nem mesmo cessa essa falta de festa, e agora o que me resta?
Mais um minuto de outro dia qualquer, mais uma madrugada a sofrer, tudo minuto marca o fim de tudo nesse relógio sem futuro, nesse ócio sem você...
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